29 de maio de 2016

Literatura policial brasileira


Hoje irei dar duas dicas de livros policiais de jovens autores brasileiros.

Suicidas – Raphael Montes

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Um porão, nove jovens e uma Magnum 608. O que poderia ter levado universitários da elite carioca, e aparentemente sem problemas, a participarem de uma roleta-russa?

Um ano depois do trágico evento, que terminou de forma violenta e bizarramente misteriosa, uma nova pista, até então mantida em segredo pela polícia, ilumina o nebuloso caso. Sob o comando da delegada Diana Guimarães, as mães desses jovens são reunidas para tentar entender o que realmente aconteceu, e os motivos que levaram seus filhos a cometerem suicídio.

Por meio da leitura das anotações feitas por um dos suicidas durante o fatídico episódio, as mães são submersas no turbilhão de momentos que culminaram na morte dos seus filhos. A reunião se dá em clima de tensão absoluta, verdades são ditas sem a falsa piedade das máscaras sociais e, sorrateiramente, algo muito maior começa a se revelar.

OpiniãoÉ um livro de cunho mais jovem, a história é feita através das anotações encontradas no quarto do protagonista Alessandro Parentoni, e cortes para os dias atuais em que a delegada do caso está conversando com a mãe dos Suicidas. Essas anotações descrevem a vida de classe média que ele e seus amigos levam na Zona Sul do Rio de Janeiro. Logo no primeiro capitulo o leitor já percebe que Alessandro não se encaixa nessa vida ‘’burguesa’’, se descrevendo como: “... o nerd do grupo, que gosta de escrever, curte cinema nacional e acha Machado de Assis um gênio da literatura brasileira”. Em contra partida disso está o seu melhor amigo, Zak, a quem ele descreve como: “... fortinho, roupa de marca, carro do ano (uma Hilux prata de dar inveja) e garanhão das meninas na faculdade”. O livro te prende até o fim então se prepare para devora-lo em poucos dias, o final é sur-pre-en-den-te e nem um pouco previsível.


Onde ler um capitulo e comprar:




O Sorriso da Hiena – Gustavo Ávila

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Atormentado por achar que não faz o suficiente para tornar o mundo um lugar melhor, William, um respeitável psicólogo infantil, tem a chance de realizar um estudo que pode ajudar a entender o desenvolvimento da maldade humana. Porém, a proposta feita pelo misterioso David coloca o psicólogo diante de um complexo dilema moral.


Para saber se é uma pessoa má por ter presenciado o brutal assassinato dos seus pais quando tinha apenas oito anos, David planeja repetir com outras famílias o mesmo que aconteceu com a dele, dando a William a chance de acompanhar o crescimento das crianças órfãs e descobrir a influência desse trauma na vida delas.
Até onde ele será́ capaz de ir? É possível justificar um ato de crueldade quando, por trás dele, há a intenção de fazer o bem?


Opinião: Este já tem uma pegada adulta e mistura de suspense com drama, com destaque para o detetive Arthur e seu jeitão de Sherlock Holmes que dá um tom cômico para as cenas em que o mesmo aparece. A história é bem elaborada, com peculiaridades típicas da vida em uma grande cidade brasileira. O livro possui o ponto de vista do assassino e do psicólogo o que é interessante, pois faz com que o leitor se coloque no lugar de ambos e tente entender suas escolhas. A leitura com certeza fará com que você se prenda até o final, principalmente para entender o titulo do livro (Só nas ultimas páginas é que fica claro o significado do titulo). Enfim, é leitura obrigatória para quem gosta de um bom livro policial.

              

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